quinta-feira, 8 de julho de 2010

Ele me dizia que meu amor não lhe dava segurança. E eu lhe dizia que quem quer "segurança" não deve buscá-la no Amor. É melhor contratar uma empresa... Mas ele, ingenuamente, insistia: queria que eu prometesse ama-lo eternamente. Queria vínculos, promessas, alianças, papéis e confissões. Queria transformar-me de poeta em esposa. Queria mudar quem sou.

...Então, amorosamente, eu lhe dizia: Segurança, certeza, estabilidade — essas coisas você consegue apenas em relações mornas, cinzentas, tradicionais, medíocres.

Comigo não!

O meu amor será sempre livre, aberto, instável, incerto, inseguro... Porém, verdadeiro e maravilhosamente louco! Brilhante como um relâmpago — e com a mesma duraçao.

E se isso não te basta, meu amor, compre uma vela, ou talvez um candeeiro, daqueles de querosene. Mantenha-o aceso ao teu lado, proteja-o dos ventos fortes que a Liberdade sopra, e coloque um rótulo nele: "Só meu."

Edson Marques.

Nenhum comentário:

Postar um comentário