sábado, 7 de agosto de 2010

Jogo a minha rede no mar da vida e às vezes, quando a recolho,
descubro que ela retorna vazia. Não há como não me entristecer e não há como
desistir. Deixo a lágrima correr, vinda das ondas que me renovam, por dentro,
em silêncio: dor que não verte, envenena.... O coração respingado, arrumo, como
posso, os meus sentimentos. Passo a limpo os meus sonhos. Ajeito, da melhor
forma que sei, a força que me move. Guardo a minha rede e deixo o dia dormir.

Com toda a tristeza pelas redes que voltam vazias, sou corajosa
o bastante pra não me acostumar com essa ideia. Se gente não fosse feita pra
ser feliz, Deus não teria caprichado tanto nos detalhes. Perseverança não é
somente acreditar na própria rede. Perseverança é não deixar de crer na
capacidade de renovação das águas.

Hoje, o dia pode não ter sido bom, mas amanhã será outro mar. E
eu estarei lá na beira da praia de novo

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